Alessandra Feminella
“A transição do meu cabelo aconteceu naturalmente… na adolescência, assim como todos, passei por uma fase de rebeldia. Um belo dia resolvi que rasparia a cabeça. Isso mesmo: eu, que tinha um cabelo liso, dentro do “padrão” imposto na época, fiquei careca!
Quando o meu cabelo começou a crescer, ele ficou muito diferente… estava cacheando! Mas, como naquela época não existiam profissionais e produtos específicos, a dica nos salões era sempre a mesma: só a chapinha resolve.
Eu gostava dos meus cachos, mas por não saber como cuidar e achar mais fácil, acabava sempre usando a chapinha…
Quando fui morar nos Estados Unidos, conheci uma cabelereira que sabia exatamente como cuidar dos meus cachos.
E esse foi o MEU MOMENTO!
Ali, eu resolvi assumir todo o meu poder de cacheada e foi como se tivesse virado uma chave.
Mas ainda passei por mais um problema: quando voltei para a Brasil, procurei profissionais especialistas, tentei conversar com alguns e ensinar o que eu tinha aprendido, mas todos muito fechados com suas próprias técnicas. Foi então, que resolvi que eu mesma seria esse profissional que eu estava buscando.
E assim nasceram: uma cacheada empoderada e segura de si mesma e a ideia do Studio dos Cachos…”
Benedita Aparecida
“Sou Auxiliar de Enfermagem Aposentada, portanto, sempre trabalhei diretamente cuidando e tratando pessoas. Quando resolvi assumir meus cabelos naturais, sem nenhum tipo de alisamento, recebi muitos comentários desagradáveis…
O que me deu forças para enfrentar o que passei, foi a coragem de dizer que o meu cabelo não define o meu caráter e nem quem eu sou.
Hoje, eu já passei pela transição e aboli as tinturas… Eu sou muito feliz e bem resolvida com as minhas escolhas!!
Procuro sempre cuidar bem dos meus cabelos e usar produtos bons, assim como o de vocês!”
Essa é a história da Benedita Aparecida… Que ela possa sempre inspirar outras mulheres com a sua coragem!!
Fernanda Botelho
“No começo foi difícil… Eu comecei a usar químicas nos cabelos com 15 anos de idade. Hoje, tenho 39 anos.
Não me lembrava de como eram meus cabelos…. se eram cacheados, ondulados ou crespos.
Eu estava muito curiosa… Queria me conhecer, queria saber como eu era. Logo no segundo mês, sem alisamento, eu cortei meus cabelos, ficou bem pequeno.
Lembro que as pessoas se assustaram. Algumas recomendaram que eu procurasse tratamento psicológico, acreditavam que a pandemia não estava me fazendo bem.
Mas muito pelo contrário: este momento de reflexão apresentou-me a mim mesma. Como eu podia conhecer tantas pessoas e não me conhecer de verdade?!
Muitos dizem que é “só cabelo”… Acredite, não é só sobre cabelos!
É sobre um embranquecimento de uma população; é sobre aceitação da nossa ancestralidade; é sobre buscar a melhor versão.
É ser de verdade! É olhar para trás e entender que eu fiz parte de um processo que hoje não pertenço mais.
Eu desejo de coração que as mulheres do nosso Brasil colorido possam se conhecer. Buscar suas verdades interiores, buscar sua versão do Divino, porque nada feito por Deus é menos que maravilhoso.
Mulheres: cortem seus cabelos! Experimentem… cabelos crescem!
Mulheres são únicas e dinâmicas.
Não tenham medo de ser menos ou mais aceitas.
Quem não enxerga sua alma, não merece nem ver sua face.
É sobre isso… É você… com você mesma!”
Luana Luiza
“Desde pequena eu não gostava do meu cabelo, achava difícil de pentear, achava curto demais… tinha muita vergonha dele.
Teve uma época em que a minha avó me levava para cortar ele bem curtinho. Depois, veio a fase de alisar… assim, passei a amar meu cabelo, bem liso.
Cheguei a fazer um curso de cabeleireira, aprendi a cuidar dos fios depois do relaxamento e que o retoque deveria ser feito a cada 3 meses. O processo era difícil… doía e queimava a cabeça. Logo depois, eu ficava com o couro cabeludo machucado, mas, nada disso parecia ter importância, afinal de contas, eu queria muito me encaixar no padrão de cabelos lisos.
E, além dos relaxamentos, eu ainda fazia progressivas, pintava, fazia escova e prancha… enfim, todos os procedimentos que eu pudesse para não aceitá-lo como ele era.
Há 7 anos eu percebi que o meu cabelo não precisava de químicas para ser bonito e resolvi deixar todos os procedimentos de lado.
Percebi que ele precisava apenas de cuidados e hidratação!
Hoje, eu amo o meu cabelo como ele é!
Cabelo natural e com vida! ❤️”
Regiane Campos
“Eu tenho cabelo naturalmente cacheado, mas, durante muitos anos, usei liso. Agora, resolvi passar pela transição e voltar a usar meus cachos naturais, novamente, e estou adorando.
Cabelos afro e cacheados são muito lindos.
Vocês mulheres que sofrem preconceitos, o meu conselho é: se orgulhem dos seus cabelos, pois eles são lindos e maravilhosos!”
Anônimo
“A minha história começou quando eu tinha 12 anos, quase 13…
Naquela época, o meu cabelo era muito volumoso e para ser prático, a minha mãe me levou no salão para cortar e fazer progressiva… lembro da reação da cabeleireira por causa do tamanho do meu cabelo.
Segui sempre fazendo progressiva, mas, quando cheguei aos 16 anos, eu resolvi parar e assumir meus cachos. Fiquei quase 1 ano em transição, só cortava as pontinhas… Mas aí, por medo do que as pessoas iriam falar, eu desisti e fiz progressiva mais uma vez.
Em 2020, na pandemia, tomei a decisão: iria assumir meus cachos de vez! Em novembro de 2021, cortei meu cabelo, para que ele, finalmente, crescesse natural e cacheado, e desde então, estou assim.
O que eu tiro dessa experiência é: nunca desista!
Às cacheadas que estão começando a transição agora: não liguem para o que os outros vão falar, persistam sempre… as pessoas sempre vão falar, tirar sarro da nossa aparência e por aí vai…
Voltar a usar meus cachos foi a melhor decisão que tomei… não me vejo mais sem eles e amo meu cabelo assim!”